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Duas varas de execução penal de Bauru foram selecionadas para implantar projeto-piloto que integra SP ao sistema nacional unificado. Servidores e juízes participam de capacitação conduzida pelo CNJ e pelo Tribunal de Justiça.

Por: G1 Bauru e Marília

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou o treinamento de servidores e juízes para a implantação, em Bauru (SP), do projeto-piloto do Sistema Eletrônico de Execuções Unificadas (SEEU), tecnologia que conecta presídios de todo o país e facilita a transferência de detentos.

No estado de São Paulo, a ferramenta funcionará, inicialmente, nas duas Varas de Execuções Criminais da Comarca de Bauru.

Diferente dos outros municípios paulistas, essas duas varas administram casos de pessoas presas em modalidades diversas de pena. São processos relacionados aos regimes meio aberto, semiaberto e fechado.

Para o CNJ, dessa maneira é possível testar o SEEU em todos os tipos de execução ao mesmo tempo e em número relativamente pequeno de processos. São 4.266, dos quais 2.284 de pessoas em regime fechado ou semiaberto.

 

“A execução criminal é uma área muito sensível e a questão do tempo é muito importante”, diz a juíza assessora da corregedoria do TJ-SP, Jovanessa Ribeiro Silva Azevedo Pinto.

 

Para a magistrada, o principal objetivo é ser um sistema nacional. “É muito relevante por questões de inteligência, do controle das pena e das transferências de presos entre estados”, explica.

Capacitação

 

Iniciada nesta segunda-feira (14), na capital paulista, a capacitação foi ministrada para servidores e magistrados que atuam nas varas de Execuções Criminais de Bauru.

Composto por 15 módulos com duração até o fim do mês, o treinamento se estende também para servidores em setores administrativos do TJ-SP envolvidos na implementação do sistema.

Participam ainda integrantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Secretaria de Administração Penitenciária.

O Sistema Unificado foi adotado como política nacional pelo CNJ em 2016. O objetivo é a padronização, eficiência e segurança na gestão da execução penal.

O SEEU permite acesso simultâneo e possui funcionalidades como alertas automáticos aos juízes de execução sobre os benefícios prestes a vencer e produção de relatórios estatísticos que indicam a situação da pessoa presa ou daquela que está em cumprimento de medidas alternativas.

O corregedor-geral de Justiça de São Paulo, Francisco Loureiro, explica que a implantação do sistema é gradual. “A população carcerária de São Paulo é muito grande, com aproximadamente 200 mil presos. A instalação é um passo necessário, que ocorrerá gradualmente e com segurança”, explica.